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Escolas tentam extinguir bullying com cartilhas.

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Gabriel (nome fictício) tem 15 anos e não esquece como foi tratado pelos colegas de classe após sofrer acidente de motocicleta e perder parte do movimento da perna direita. “Eles me chamavam de aleijadinho.” Estudante do 8º ano do ensino fundamental, ele ficou incomodado com a brincadeira de mau gosto, mas não reagiu da mesma forma. Trocou a denúncia pelo silêncio. E pela tristeza. 

Para evitar crueldades parecidas, e algumas vezes com consequências trágidas, a Secretaria de Educação do Estado lançou um mecanismo contra o bullying, termo inglês usado para qualificar comportamentos agressivos entre iguais, principalmente no âmbito escolar. A Diretoria Regional de Ensino de Rio Preto já começou a distribuir para os 2.022 professores do Noroeste paulista uma cartilha com orientações. No Estado, serão entregues 250 mil. 

O livreto esclarece dúvidas sobre como identificar agressores e vítimas, qual é o comportamento dessas crianças e oferece dicas para auxiliar na superação dos problemas. Os pais podem ler a cartilha, feita em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no site www.educacao.sp.gov.br

Também foi lançada, em parceria com o canal Cartoon Network, uma página virtual na rede social Facebook. Para ter acesso ao conteúdo, é necessário entrar no site e digitar “chega de bullying: não fique calado”. O aluno pode denunciar e conversar sobre o problema. Outra iniciativa, em prática desde 2010 e ampliada a cada ano, foi colocar na escola um professor para mediar conflitos. 

Na região, há 17 mediadores (apenas dois homens entre eles). Um atua em Bady Bassitt e 16 em Rio Preto, metade na zona norte. No Estado, são 2,3 mil. Eles articulam ações e métodos com objetivo de disseminar práticas para prevenir conflitos, integrar a escola e a rede social de garantia dos direitos da criança e do adolescente e proteger o patrimônio público. 

Nas instituições estaduais de ensino em Rio Preto, o bullying, a agressão física e a discussão são os principais motivos de desentendimentos entre alunos. Cada instituição tem um tipo de ocorrência mais frequente. Para Vera Lúcia Pinto, gestora do projeto com Rosângela Ávila, a cartilha ajuda o professor a identificar mais rapidamente o problema e a adotar as providências cabíveis. 

Assim que percebe, descobre ou é informado sobre bullying ou qualquer outro problema, o mediador convoca as partes envolvidas, juntos ou separadamente, ouve o que cada um tem a dizer e busca solução administrativa. Se o caso é grave, os pais são convocados e participam do processo. Instituições como Conselho Tutelar e Polícia Militar podem ser informadas, se necessário. 

Vera Lúcia afirma que as estatísticas sobre as ocorrências nas escolas ainda são elaboradas, mas já é possível detectar melhora no comportamento dos estudantes em razão da intervenção do mediador. Há também outra vantagem. “O diretor se preocupa mais com a parte pedagógica.” Segundo Gabriel, na escola em que estuda, na zona norte, todo mundo se trata por apelido, quase nunca pelo nome. As alcunhas são criadas a partir de características físicas de cada um. “Eu também brinco, mas pego leve.” Geralmente, diz, a questão é resolvida entre os próprios alunos. 

Já Marcela, 14 anos, reclamou para a professora por ser chamada de “gorda” por um colega. A professora fez advertência formal ao agressor e resolveu a questão. “Não gostei. A gente tem que pensar assim: não faça aos outros o que não quer que façam com você”, afirma Marcela, que cursa o 9º ano.

Em Rio Preto, 16 escolas têm professor-mediador
Além de conflitos, o mediador também analisa fatores de vulnerabilidade que podem atingir o aluno, orienta a família na busca por serviços de proteção social, faz sugestões de atividades pedagógicas complementares e orienta os jovens na prática de seus estudos. O mediador é colocado na escola com baixos indicadores de aprendizagem, grande quantidade de alunos, risco de vulnerabilidade em razão da localização e três turnos de aula. 

Segundo Vera Lúcia Pinto, gestora do projeto, o diretor faz o pedido formal à Diretoria Regional de Ensino. “Todos querem, mas não temos condição de atendê-los. Por isso, priorizamos algumas escolas.” A maioria dos mediadores está em Rio Preto, porque a cidade abriga as maiores escolas da região - parte delas está em área de risco. 

Os próprios professores da rede estadual se candidatam ao cargo de mediador. A preferência é dada para quem tem formação em psicologia. O pedido é analisado pela diretoria de ensino, junto com o diretor da escola. O aprovado faz um curso de capacitação. 

Trabalho 

A professora Ana Luíza Lopes, 47 anos, é mediadora desde 2011 na escola Alzira Vale Rollemberg, no Dom Lafayette, zona norte de Rio Preto. O mediador tem que se apresentar todo ano para explicar o que faz. “Pais e alunos já se acostumaram com a minha presença. O aluno faz denúncia, reclama e manda bilhete. Tudo é investigado.” 

Ana Luíza busca sempre o diálogo com as partes. Em casos mais graves, como agressão física, os pais são chamados. Ela já trocou um aluno de período porque se envolveu em uma briga. Essa atitude, porém, é extrema. Já Katia Sambugari, 27 anos, desempenha a função no Pio X, na Santa Cruz, e fica atenta ao comportamento do aluno para evitar problemas maiores. Essa é uma das principais funções do mediador: agir preventivamente. 
“Gosto de trabalhar junto com os pais. Por exemplo: se um aluno falta bastante, pergunto ao responsável o motivo e tento resolver. O mediador não foi criado para repreender, mas para buscar soluções para os problemas que acontecem no ambiente escolar”, afirma Katia.
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