O BLOG DA ESCOLA ESTARÁ PUBLICANDO FOTOS DOS ALUNOS PELA AUTORIZAÇÃO DOS PAIS PORÉM A FUNÇÃO DE COPIAR E COLAR OU SALVAR AS FOTOS NO SEU COMPUTADOR NÃO SERÁ POSSÍVEL POR MOTIVO DE SEGURANÇA!!! E.M."Prof.Dr.Halim Atique"

Escolas tentam extinguir bullying com cartilhas.

Gabriel (nome fictício) tem 15 anos e não esquece como foi tratado pelos colegas de classe após sofrer acidente de motocicleta e perder parte do movimento da perna direita. “Eles me chamavam de aleijadinho.” Estudante do 8º ano do ensino fundamental, ele ficou incomodado com a brincadeira de mau gosto, mas não reagiu da mesma forma. Trocou a denúncia pelo silêncio. E pela tristeza. 

Para evitar crueldades parecidas, e algumas vezes com consequências trágidas, a Secretaria de Educação do Estado lançou um mecanismo contra o bullying, termo inglês usado para qualificar comportamentos agressivos entre iguais, principalmente no âmbito escolar. A Diretoria Regional de Ensino de Rio Preto já começou a distribuir para os 2.022 professores do Noroeste paulista uma cartilha com orientações. No Estado, serão entregues 250 mil. 

O livreto esclarece dúvidas sobre como identificar agressores e vítimas, qual é o comportamento dessas crianças e oferece dicas para auxiliar na superação dos problemas. Os pais podem ler a cartilha, feita em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no site www.educacao.sp.gov.br

Também foi lançada, em parceria com o canal Cartoon Network, uma página virtual na rede social Facebook. Para ter acesso ao conteúdo, é necessário entrar no site e digitar “chega de bullying: não fique calado”. O aluno pode denunciar e conversar sobre o problema. Outra iniciativa, em prática desde 2010 e ampliada a cada ano, foi colocar na escola um professor para mediar conflitos. 

Na região, há 17 mediadores (apenas dois homens entre eles). Um atua em Bady Bassitt e 16 em Rio Preto, metade na zona norte. No Estado, são 2,3 mil. Eles articulam ações e métodos com objetivo de disseminar práticas para prevenir conflitos, integrar a escola e a rede social de garantia dos direitos da criança e do adolescente e proteger o patrimônio público. 

Nas instituições estaduais de ensino em Rio Preto, o bullying, a agressão física e a discussão são os principais motivos de desentendimentos entre alunos. Cada instituição tem um tipo de ocorrência mais frequente. Para Vera Lúcia Pinto, gestora do projeto com Rosângela Ávila, a cartilha ajuda o professor a identificar mais rapidamente o problema e a adotar as providências cabíveis. 

Assim que percebe, descobre ou é informado sobre bullying ou qualquer outro problema, o mediador convoca as partes envolvidas, juntos ou separadamente, ouve o que cada um tem a dizer e busca solução administrativa. Se o caso é grave, os pais são convocados e participam do processo. Instituições como Conselho Tutelar e Polícia Militar podem ser informadas, se necessário. 

Vera Lúcia afirma que as estatísticas sobre as ocorrências nas escolas ainda são elaboradas, mas já é possível detectar melhora no comportamento dos estudantes em razão da intervenção do mediador. Há também outra vantagem. “O diretor se preocupa mais com a parte pedagógica.” Segundo Gabriel, na escola em que estuda, na zona norte, todo mundo se trata por apelido, quase nunca pelo nome. As alcunhas são criadas a partir de características físicas de cada um. “Eu também brinco, mas pego leve.” Geralmente, diz, a questão é resolvida entre os próprios alunos. 

Já Marcela, 14 anos, reclamou para a professora por ser chamada de “gorda” por um colega. A professora fez advertência formal ao agressor e resolveu a questão. “Não gostei. A gente tem que pensar assim: não faça aos outros o que não quer que façam com você”, afirma Marcela, que cursa o 9º ano.

Em Rio Preto, 16 escolas têm professor-mediador
Além de conflitos, o mediador também analisa fatores de vulnerabilidade que podem atingir o aluno, orienta a família na busca por serviços de proteção social, faz sugestões de atividades pedagógicas complementares e orienta os jovens na prática de seus estudos. O mediador é colocado na escola com baixos indicadores de aprendizagem, grande quantidade de alunos, risco de vulnerabilidade em razão da localização e três turnos de aula. 

Segundo Vera Lúcia Pinto, gestora do projeto, o diretor faz o pedido formal à Diretoria Regional de Ensino. “Todos querem, mas não temos condição de atendê-los. Por isso, priorizamos algumas escolas.” A maioria dos mediadores está em Rio Preto, porque a cidade abriga as maiores escolas da região - parte delas está em área de risco. 

Os próprios professores da rede estadual se candidatam ao cargo de mediador. A preferência é dada para quem tem formação em psicologia. O pedido é analisado pela diretoria de ensino, junto com o diretor da escola. O aprovado faz um curso de capacitação. 

Trabalho 

A professora Ana Luíza Lopes, 47 anos, é mediadora desde 2011 na escola Alzira Vale Rollemberg, no Dom Lafayette, zona norte de Rio Preto. O mediador tem que se apresentar todo ano para explicar o que faz. “Pais e alunos já se acostumaram com a minha presença. O aluno faz denúncia, reclama e manda bilhete. Tudo é investigado.” 

Ana Luíza busca sempre o diálogo com as partes. Em casos mais graves, como agressão física, os pais são chamados. Ela já trocou um aluno de período porque se envolveu em uma briga. Essa atitude, porém, é extrema. Já Katia Sambugari, 27 anos, desempenha a função no Pio X, na Santa Cruz, e fica atenta ao comportamento do aluno para evitar problemas maiores. Essa é uma das principais funções do mediador: agir preventivamente. 
“Gosto de trabalhar junto com os pais. Por exemplo: se um aluno falta bastante, pergunto ao responsável o motivo e tento resolver. O mediador não foi criado para repreender, mas para buscar soluções para os problemas que acontecem no ambiente escolar”, afirma Katia.

Oftalmologista ensina como evitar e tratar a conjuntivite.




  • O calor, o suor e o tempo seco do verão criam uma condição favorável para o aparecimento e a disseminação da conjuntivite, inflamação na membrana que reveste a parte frontal dos olhos e o interior das pálpebras.

    Para esclarecer o que é essa doença, quais são os sintomas e como preveni-la ou tratá-la, o Bem Estar contou com a presença do oftalmologista Emerson Castro, do Hospital das Clínicas, que ensinou a usar lenço de papel, algodão com soro, colírio e água gelada.

    A conjuntivite dura, em média, até 15 dias e é caracterizada por dor, coceira, vermelhidão e secreção nos olhos. Os tipos mais comuns são o viral, o bacteriano e o alérgico. Segundo Castro, o viral é o mais agressivo e de fácil propagação. Foi o que atingiu a família Ferreira, em São Paulo. A inflamação se espalhou por três dos quatro moradores – só a mãe ficou livre – e, ao que tudo indica, começou com uma pescaria do pai, João Ferreira, em Mato Grosso do Sul.

    Objetos de uso comum, como telefone, controle remoto, sabonete e toalhas aumentam as chances de avanço do vírus ou da bactéria. Para o tratamento, é recomendado um cuidado mais intenso com a higiene pessoal, com o uso de colírios, compressas, álcool em gel, lenços de papel e toalhas e roupas de cama individuais. Lavar as mãos com frequência também ajuda. Além disso, é indicado o isolamento temporário do contato social.

    O aspecto vermelho dos olhos nos três tipos de conjuntivite é mais ou menos parecido. O que ajuda a diferenciá-los são os sintomas. No viral, além da vermelhidão e do inchaço característicos, há a sensação de areia ou corpo estranho e um forte lacrimejamento. Leva até duas semanas para o paciente melhorar e, dependendo da gravidade, pode deixar sequelas na córnea e atrapalhar a visão. O tratamento é à base de compressas com água fria e, eventualmente, colírios lubrificantes.

    No tipo bacteriano, a secreção e o inchaço são mais intensos. Também há vermelhidão, mas o lacrimejamento não é tão frequente. Dura, em geral, uma semana. O tratamento é feito com colírios e antibióticos.

    Na conjuntivite alérgica, o paciente sente coceira intensa e muito inchaço. A vermelhidão e o lacrimejamento não são tão proeminentes quanto nos outros tipos. O tempo de duração é variável e, para o tratamento, é importante afastar a pessoa do agente que causa a alergia, como maquiagem, perfume, poeira e pólen, entre outros.

    Há, ainda, um quarto tipo da inflamação: a tóxica, causada por fatores externos como substâncias químicas, cloro, fumaça de cigarro ou poluição.

    A conjuntivite no Brasil

    Segundo o Ministério da Saúde, não há um número oficial de casos por ano no país, já que a doença não é de notificação obrigatória, como ocorre com a dengue. Mas é importante ficar atento, porque, se não for prevenida, pode provocar uma epidemia e levar à ausência de pessoas no trabalho, na escola e em outros compromissos sociais.

    A inflamação acontece com mais frequência durante o verão, mas são registrados casos em todas as épocas do ano. Piscinas não tratadas, lagos e a água do mar podem ser meios de transmissão, dependendo da contaminação da água. A secreção nos olhos funciona como um veículo para o contágio - por isso, essa costuma ser a fase mais preocupante.

    Conheça o que é bullying.




  • Conheça o que é bullying
    Fonte: Revista Escola
    Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

    "É uma das formas de violência que mais cresce no mundo", afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz (224 págs., Ed. Verus, tel. (19) 4009-6868 ). Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.

    Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podesm apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.


    O que é pior: o bullying com agressão física ou o bullying com agressão moral?


    Ambas as agressões são graves e têm danos nocivos ao alvo do bullying. Por ter consequências imediatas e facilmente visíveis, a violência física muitas vezes é considerada mais grave do que um xingamento ou uma fofoca.

    ''A dificuldade que a escola encontra é justamente porque o professor também vê uma blusa rasgada ou um material furtado como algo concreto. Não percebe que a uma exclusão, por exemplo, é tão dolorida quanto ou até mais'', explica Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

    Os jovens também podem repetir esse mesmo raciocínio e a escola deve permanecer alerta aos comportamentos moralmente abusivos.


    Existe diferença entre o bullying praticado por meninos e por meninas?

    De modo geral, sim. As ações dos meninos são mais expansivas e agressivas, portanto, mais fáceis de identificar. Eles chutam, gritam, empurram, batem.

    Já no universo feminino o problema se apresenta de forma mais velada. As manifestações entre elas podem ser fofocas, boatos, olhares, sussurros, exclusão. "As garotas raramente dizem por que fazem isso. Quem sofre não sabe o motivo e se sente culpada", explica a pesquisadora norte-americana Rachel Simmons, especialista em bullying feminino.

    Ela conta que as meninas agem dessa maneira porque a expectativa da sociedade é de que sejam boazinhas, dóceis e sempre passivas. Para demonstrar qualquer sentimento contrário, elas utilizam meios mais discretos, mas não menos prejudiciais. "É preciso reconhecer que as garotas também sentem raiva. A agressividade é natural no ser humano, mas elas são forçadas a encontrar outros meios - além dos físicos - para se expressar", diz Rachel.

    Confira mais de 500 livros para download gratuito.


    Mais de 500 obras literárias estão disponíveis para download gratuito no portal Universia Brasil. Entre elas, oito dos nove livros cobrados pelas bancas da Fuvest e da Unicamp no vestibular. O único que ainda não ganhou versão digital é Capitães da Areia, de Jorge Amado.

    Ao todo foram publicados 521 arquivos em formato PDF, que pode ser lido em computadores, tablets e e-readers. As obras são dos mais variados estilos: há desde biografias de cineastas até textos científicos sobre comunicação, passando, claro, por grandes clássicos da literatura.

    Segundo a gerente de conteúdo do portal, Alexsandra Bentemuller , o objetivo da iniciativa é incentivar a leitura e democratizar o acesso ao conhecimento. "A gente acredita no poder de transformação da leitura, do ponto de vista pessoal e acadêmico", afirma.

    Alexsandra conta que os textos já estavam publicados na internet. O trabalho da equipe do site foi agregar o conteúdo em um único endereço eletrônico. "Esses livros foram pedidos por nossos leitores em enquetes e nas nossas redes sociais. Um internauta, por exemplo, queria muito ter acesso a textos de Gregório de Matos."

    Para se ter uma ideia, a demanda por obras gratuitas é tão grande que uma notícia sobre 120 obras acadêmicas disponíveis para download, publicada em setembro do ano passado, continua liderando o ranking das matérias mais lidas do portal.

    Vestibular

    Estão disponíveis para download os seguintes livros da Fuvest e da Unicamp:

    - A Cidade e as Serras (Eça de Queirós)
    - O Cortiço (Aluísio Azevedo)
    - Memórias de um Sargento de Milícias (Manuel Antônio de Almeida)
    - Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis)
    - Sentimento do Mundo (Carlos Drummond de Andrade)
    - Til (José de Alencar)
    - Viagens na Minha Terra (Almeida Garrett)
    - Vidas Secas (Graciliano Ramos)

    As obras de Aluísio de Azevedo são destaque entre o material. São 17 livros do romancista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista nascido no Maranhão. Além disso, pode ser feito o download de 27 livros de José de Alencar, 18 de Eça de Queirós, 13 de Fernando Pessoa, 8 de Lima Barreto.

    Quem quiser treinar o inglês poderá baixar 15 livros do poeta inglês William Shakespeare. O portal também oferece uma série com 20 livros sobre cinema nacional, como biografias de cineastas e roteiros de filmes de destaque.

    Ainda há outras 30 obras sobre comunicação, entre as quais Jornalismo e Convergência: Ensino e Práticas Profissionais, de Cláudia Quadros, Kati Caetano e Álvaro Laranjeira, e Comunicação e Política, de João Carlos Correia.

    Para acessar a lista completa e baixar os arquivos, basta acessar o site e salvar o material.



    Fonte: Estadao.com

     

    Falta de estrutura coloca em risco a saúde dos alunos.

    Três meses após o início do ano letivo, alunos de pelo menos 14 escolas estaduais de Rio Preto ainda correm risco de morte devido à falta de itens de segurança como extintores, hidrantes, para-raios ou problemas no sistema de gás nos prédios em que estudam.

    As escolas tinham até o final do mês de março para apresentar soluções, mais um projeto cada, e resolver os problemas. Mas a Defesa Civil recuou e prorrogou o prazo até o final deste mês, sob alegação de que as unidades de ensino não tinham condições de sanar as pendências no período estipulado.

    Em vistoria feita entre dezembro e fevereiro, a Defesa Civil, órgão ligado à Prefeitura, encontrou irregularidades em 35 dos 36 prédios visitados. As falhas vão desde a falta de hidrantes, extintores e para-raios à ausência de chaves de corte de gás, falta de brigada de incêndio e de alarme de incêndio, presença de material de alta combustão armazenado irregularmente, ausência de piso antiderrapante e vidro quebrado.

    Funcionários de pelo menos 14 escolas ouvidos pela reportagem entre a última semana e ontem informaram que os problemas persistem, principalmente com relação à ausência de extintores e hidrantes, o que comprova a falta de segurança em caso de incêndio. Para atualizar a checagem, o Diário telefonou se passando por pais de alunos.

    Servidores de 14 instituições abriram o jogo e disseram que os problemas continuam.
    Segundo o coronel Cláudio Romero Furlaneto, da Defesa Civil, o maior perigo para os alunos era por conta de um para-raio radioativo instalado na escola Yvete Gabriel Atique, mas o equipamento foi retirado no dia 9 de março. Portanto, diz, os outros problemas podem esperar.

    “O principal problema foi solucionado. O que restou foram coisas relacionadas a bombeiros, como hidrante e extintor e que as escolas estão se adequando. Como são muitas escolas, resolvemos prolongar o prazo e devemos fazer uma vistoria no final deste mês”, disse Furlaneto.

    Risco

    A reportagem entrou em contato com 35 escolas da rede estadual. Apenas a Escola Estadual Noêmia Bueno do Valle não foi consultada porque não teve problemas apontados pela Defesa Civil nas vistorias de dezembro e fevereiro.

    Das 14 escolas que informaram à reportagem que os problemas ainda persistem, a situação da Escola Estadual Bady Bassitt, na Vila Anchieta, é uma das mais preocupantes.

    O prédio está sem extintores, hidrantes e para-raios e a escola ainda tem problemas no sistema de gás. “O para-raios nunca existiu aqui. A escola já pediu, mas o Estado não tomou providência”, disse uma funcionária.

    Em cinco escolas, como é o caso da Walfredo de Andrade Fogaça, a chave de corte de gás não existe, conforme informado pelos próprios funcionários. Em caso de acidente, o fornecimento de gás não pode ser interrompido.

    Em outras quatro escolas, a falta de adequação dos itens de segurança foi atribuída à demora na reforma do prédio, como na Escola Estadual Justino Jerry Faria, no bairro Santos Dumont, e Adahir Guimarães Fogaça, no Eldorado, zona norte.

    Para o promotor da Infância e Juventude, Cláudio Santos de Moraes, a Defesa Civil é que tem de avaliar possíveis riscos aos alunos e, se necessário, interditar a área. “Eles têm autonomia para isso e devem fazer essa vistoria para identificar possíveis riscos”. Moraes afirma que o Ministério Público não foi informado oficialmente das irregularidades detectadas.


    Vandalismo é marca comum

    Em todas as escolas consultadas pelo Diário, inclusive as que informaram que estão com todos os itens de segurança em dia, houve a reclamação de vandalismo praticado pelos próprios alunos, que tiram o lacre e esvaziam os extintores e ainda danificam os hidrantes. “Você coloca e dois dias depois está tudo danificado”, disse um dos servidores.

    Na escola Antonio de Barros Serra, por exemplo, os extintores foram retirados para evitar que sejam danificados pelos estudantes. Já na Voluntários de 32, os objetos foram retirados para ser recarregados no mês passado e, até agora, não foram recolocados.

    Só no ano passado, dois incêndios foram registrados em escolas estaduais de Rio Preto. Em um deles, cerca de 400 alunos da Escola Estadual Cardeal Leme tiveram de evacuar a escola por causa de um incêndio em uma cortina. Os bombeiros tiveram de ser chamados porque não havia hidrantes no local.



    A Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), da Secretaria da Educação do Estado, informou, via assessoria de imprensa, na última sexta-feira, três meses após o início do ano letivo, que das 14 escolas que afirmaram ainda ter problemas de segurança, em apenas três as obras estão em andamento.

    Obras que, segundo a pasta, são necessárias para sanar os problemas de extintores, hidrantes e para-raios. A FDE afirma, na mesma nota, que foram abertos processos de intervenção para reforma das escolas estaduais apontadas pela Defesa Civil do município de Rio Preto para. Eles têm como objetivo a execução dos sistemas de combate a incêndio e proteção contra descargas atmosféricas e outros serviços.

    Nas escolas estaduais Adahir Guimarães Fogaça, Justino Jerry Faria e Octacilio Alves de Almeida, as reformas estão em andamento, com 66%, 67% e 24% dos serviços concluídos, respectivamente, diz a nota. Em relação à escola Professor Antonio de Barros Serra, segundo o Estado, a empresa que realizará a intervenção já foi contratada e deve iniciar os trabalhos ainda neste mês.

    A FDE disse ainda que as obras programadas para as escolas estaduais Professora Amira Homsi Chalella e Deputado Bady Bassitt se encontram na etapa de pré-contratação da empresa que realizará os serviços. Sobre as unidades Professor Alberto José Ismael, Professor Daud Jorge Simão e Pio X, as reformas a serem executadas estão em fase de orçamento.

    No caso da Professor Doutor João Deoclecio da Silva Ramos e da Professora Maria de Lourdes Murad Camargo, o processo se encontra em fase de planejamento; e da Monsenhor Gonçalves, está na etapa de licitação do projeto. Quanto às escolas estaduais Voluntários de 32 e Professor Walfredo de Andrade Fogaça, as intervenções estão sendo providenciadas, complementa a nota.

    “Vale ressaltar que a Fundação para o Desenvolvimento da Educação trabalha continuamente para a melhoria da infraestrutura das escolas da rede estadual de ensino e que, desde que foi notificada pela Defesa Civil de São José do Rio Preto, a instituição tem adotado as providências necessárias para adequar os prédios das unidades locais”, diz a nota da FDE.

    Nova Ortografia deve ser adotada até dezembro.

    Esse é o último ano para os brasileiros se adaptarem às novas regras de ortografia firmadas em 2008 pelo acordo ortográfico entre a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). A fase de transição, que se iniciou em janeiro de 2009 e termina em dezembro de 2012, permite a mescla das duas formas. Isso vai acabar, mas será que os brasileiros estão preparados?

    Para o professor de gramática do Cursinho Alternativo Marco Aurélio Rodrigues dos Santos, os alunos estão mais adaptados às regras. “No primeiro ano foi um choque, mas agora absorveram melhor.” As confusões e a insegurança, no entanto, ainda persistem. “Principalmente por medo de novas mudanças. Isso deixa os alunos ansiosos.”

    As escolas e cursos para vestibular procuraram trabalhar as alterações nas regras desde que elas foram anunciadas. Quando foram anunciadas, as regras geraram um princípio de revolta nos alunos e, principalmente, nos vestibulandos. “Eles pensavam: eu já tenho tanta coisa para estudar agora vou ter que decorar novas regras e esquecer as que já havia aprendido?”

    O objetivo do acordo é unificar a ortografia de países como Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal e aproximar essas culturas. O Grupo Diário de Comunicação adotou as novas regras desde 1º de janeiro de 2009. Segundo o Ministério da Educação, apenas 0,5% das palavras foram atingidas. As principais diferenças são referentes à acentuação de algumas palavras e a sistematização do uso do hífen. Algumas mudanças foram pontuais, como a eliminação do trema e a inclusão das letras “k”, “w” e “y” ao alfabeto.

    Mas outras alterações exigem reflexão e um pouco de costume para a adaptação. Alguns exemplos são a exclusão do acento em palavras como “ideia” e “joia” ou a retirada do acento para diferenciar o verbo da preposição “para”. As regras para o uso do hífen foram padronizadas, mas exigem cuidado, pois sempre existem as exceções.

    “O uso do hífen é o que causa maior confusão. Antes da regra já era confuso,” diz Santos. As alterações também causaram estranheza. A maior delas, segundo o professor, é a retirada do acento circunflexo em verbos como “veem” e “leem”. Mas o que chamou mais atenção é a palavra “voo”.

    Em busca do tempo perdido, eles fazem cursos

    Os profissionais que já estão no mercado de trabalho estão correndo atrás do tempo perdido. A consultora de RH Elizandra Lopes é um exemplo. Em janeiro, ela fez um curso de uma semana para aperfeiçoar os conhecimentos sobre o acordo ortográfico. “Muita gente faz cursos de idiomas estrangeiros e isso é importante, mas se esquece de aprender o português,” diz.

    Sabendo que a partir de dezembro o período de transição termina, Elizandra propôs à empresa em que trabalha (Bellman Nutrição Animal) para bancar um curso de atualização. A empresa aceitou e o que aprendeu, ela passou para o restante da equipe, de dez pessoas. As maiores dificuldades, segundo Elizandra, foram com a acentuação. “Porque um detalhe pode mudar tudo.” Mas a palavra que mais estranhou foi “autoescola”. “Em muitos locais a gente ainda vê da forma antiga.”

    De acordo com a consultora de Língua Portuguesa da CCLi Consultoria Linguística Letícia Pereira Macedo, muitos profissionais não se preocuparam com as alterações e se acomodaram. São advogados, administradores e até escritores que agora vão em busca de cursos específicos. “Muita gente tem procurado a escola por saber que esse é o último ano de adaptação.”

    A CCLi vai realizar um workshop hoje com carga horária de seis horas. O objetivo é conhecer e praticar as mudanças do acordo ortográfico. Estudantes, profissionais e demais pessoas interessadas podem participar. O valor do curso é R$ 210.